domingo, 17 de novembro de 2013

De repente o verbo....

Dia 23 de novembro de 2012. Final de ano se aproximando, posse do novo reitor da UFS, relatórios de vendas para serem apreciados, e uma dorzinha persistente "na coluna", incomodando. Festa de encerramento da escola de minha filha Lívia e pedido do diretor do Senac para representá-lo na posse do reitor à noite. Fui à festa e não aguentei ficar. Vomitei antes da chegada. Dirigi-me a UFS e vomitei três vezes, A coisa ficou feia e resolvi voltar pra casa sem ir à posse. Construção do viaduto do Detran e mais vômito dessa vez dentro do carro sem a mínima chance de parar  naquela loucura.
Chegando em casa liguei para o meu irmão Graciano e nos dirigimos ao Hospital Primavera, na expectativa de logo voltar para casa. Doce ilusão! Treze longos dias me esperavam naquela casa!
Momentos de dor e solidão que tive que enfrentar sozinho vendo aos poucos o meu mundo sendo desconstruído, e os projetos se desvanecendo como um fim de sonho.
Visitei à UTI e as cenas que vi ali me assustaram profundamente! Ver aqueles seres humanos entubados,uma velhinha que de tanto gritar, estava rouca e só depois vim a saber que se tratava de uma tia de minha cunhada  Acácia, amarrada ao leito da UTI.
Essa é a primeira página de uma crônica que termina com o verbo dialisar...

3 comentários:

  1. Adorei sua ideia e iniciativa. O que precisar estarei sempre aqui...Muito bom ler o que você escreve. Competência tem demais, adoro viajar em suas palavras e contextualizações!!! Aproveite também o espaço para dar dicas, mostrar a realidade dos renais e etc....

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  2. Querido Lúcio, exerça seu rico potencial com esse desprendimento saudável. Aqui pode estar mais um caminho para sua biografia e seu amor pela vida e pelos amigos. Vá em frente que suas contribuições são eternas, mesmo quando não as conseguimos ver em sua plenitude. Acredite!
    Fazer esse blog é uma forma de registrar e compartilhar a poesia, seja ela dolorida ou amorosa. Além de retratar uma realidade desconhecida para a maioria de nós.
    Fraterno abraço, guerreiro!

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    1. Caro Paulo, tenho orgulho de ter trabalhado ao seu lado apesar do pouco tempo. Sua distinção e atenção me fizeram mais do que um admirador e acredite, tenho profunda gratidão pelas oportunidades que você me deu, apesar de interferências externas maldosas que eu sei que existiram. Tenho saudades das conversas de fim de tarde que transversalizavam conhecimentos diversos.

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